Zambian Waters Fly Away – Parte 2 / Zambian Waters Fly Away – Part 2

Zambian Waters Fly Away – Parte 2 / Zambian Waters Fly Away – Part 2

Africa House em Shiwangandu é um lugar espetacular, um verdadeiro edifício de época com uma história incrível. Aparentemente, os criadores voaram sobre a área e decidiram que seria onde está hoje. As gerações posteriores da família ainda vivem lá hoje. Fiquei particularmente impressionado com o telhado e suas telhas de barro, todas feitas localmente, cujo peso deve ser outra coisa.

Um veículo então nos transportou pela estrada de terra até nossa acomodação para a noite em Kapishya Hot Springs. Este é outro amigo de Newton e Lindsay que possui e administra uma adorável pequena variedade de chalés ao longo do Rio Mansa e uma grande piscina de águas termais.

Os longos dias de voo e turismo se estenderam até a noite com os turistas passando algumas horas definhando na piscina com uma caixa térmica flutuante de equipamentos de hidratação locais, foi uma ocasião maravilhosa e também bastante única.

Naquela noite, um jantar suntuoso foi preparado na área de jantar principal que abriga um bar incrível cheio de recordações. Uma reunião de multas foi realizada e vários dos aviadores e passageiros receberam bebidas de punição por várias indiscrições ao longo do caminho, o bom humor estava em grandes quantidades com o grupo até mesmo amarrando um casal alemão que estava pousando em seu 4X4.

A manhã seguinte foi um começo cedo mais uma vez, a temperatura caiu substancialmente, e a transferência do Land Cruiser de capota aberta não estava nem perto de ser tão barulhenta quanto o bar na noite anterior. As aeronaves foram apressadas como um rebanho de impalas pastando na pista enquanto dobrávamos a curva final. Eles tiveram que ser espaçados um pouco para evitar o impacto da hélice e permitir o padrão de decolagem sequencial.

Logo o suficiente, o bando estava no ar e serpenteando em direção à pista Shoebills e ao centro de reabilitação. Ao longo da pista, no entanto, havia algumas das paisagens mais inegavelmente bonitas de qualquer lugar. Os pântanos de Bangweulu ao longo do rio Chambeshi são uma visão para ser vista, eles se estendem por quilômetros e quilômetros, são verde-esmeralda e povoados por famílias que vivem em formigueiros. A rota atravessou os Parques Nacionais Luangwa do norte e do sul, bastante impressionantes.

Passamos por muitas pontes ao longo do caminho, algumas com cicatrizes de conflitos e outras relativamente novas. Pouco antes dos pântanos, havia várias seções de pivô para esquemas de irrigação, a maioria montada por nosso companheiro Peter, que estava voando na formação.

Shoebills é um lugar interessante; é extremamente sensível a ruídos e, portanto, há algumas regras que o piloto deve seguir para não machucar seus ouvidos. Perdi a pista no mato seco e estava relutante em sobrevoar para encontrá-la novamente, então simplesmente corri para a aproximação final até pegá-la novamente. Logo todos estavam presentes e estacionamos na seção mais distante, fora do alcance dos pássaros.

Uma bela viagem de mokoro pelos juncos e juncos para encontrar uma amostra do pássaro esquivo se mostrou infrutífera, então voltamos ao santuário e nos encontramos com o curador, um jovem americano excêntrico que preferia sussurrar do que falar, o que tornou a obtenção de informações um pouco mais difícil, especialmente para Nico, que usava aparelhos.

Visita dos pássaros feita, era hora de nos despedirmos e minha esposa e eu partimos para Mfuwe para realizar tarefas de imigração e reabastecimento. Fiquei um pouco confuso com os sussurros e o silêncio absoluto enquanto queimava o grande cilindro de seis passando pelos recintos dos pássaros, mas fiquei muito feliz por ter visto um. Eles têm uma aparência quase pré-histórica e dizem que são excelentes pescadores.

Mfuwe, deve ser dito, é uma ótima reviravolta para voltar ao Zimbábue, especialmente se você estiver vagando por aquele lado da Zâmbia. No entanto, uma palavra de cautela, o AVGAS é de US$ 3,63 por litro, tornando-o o mais caro do mundo.

Ao desembarcar de volta em Charles Prince, só pude refletir sobre as poucas noites mais surreais em um lugar muito especial. Nunca pensei que a Zâmbia tivesse tanta beleza. Nossos anfitriões, Newton e Lindsay, foram notáveis ​​em seu esforço logístico, mas ainda mais na presteza em nos mostrar seu quintal. Conhecemos pessoas novas e super, compartilhamos muitas risadas e simplesmente curtimos!

Estou tão feliz que eles fizeram isso, ano que vem é definitivo se isso acontecer novamente. Concordo em fazer todo o rádio mais uma vez.

Você está interessado em um Flying Safari na África?

Recomendamos fortemente nosso parceiro local Africa Focus Tours. Entre em contato com eles em www.africafocustours.co.za

Zambian Waters Fly Away – Part 1

Africa House at Shiwangandu is a spectacular place, a real period building with some incredible history. Apparently, the originators flew over the area and decided that that would be where it is today. The later generations of the family are still living in it today. I was particularly taken by the roof and its clay tiles all made locally, the weight of which must be something else.

A vehicle then transported us down the dirt road to our accommodation for the night at Kapishya Hot Springs. This is another friend of Newton and Lindsay who owns and runs a lovely little array of chalets alongside the Mansa River and a large hot spring pool.

The long days flying and touring yawned into the evening with the tourists spending a few hours languishing in the pool with a floating cooler-box of local hydration equipment, it was a most wonderful occasion and also quite unique.

That evening a sumptuous dinner was put together in the main dining area which houses, and incredible bar filled with memorabilia. A fines meeting was held and several of the aviators and passenger’s received punishment drinks for various indiscretions along the way, good humor was in copious amounts with the group even roping in a German couple who were over-landing in their 4X4. 

The next morning was an early start once again, the temperature had dropped substantially, and the open top land cruiser transfer was nowhere near as rowdy as the bar the previous eve. The aircraft were hustled together like a herd of impala grazing on the runway as we rounded the final corner. They had to be spaced out a little to avoid prop-wash and enable the sequential takeoff pattern. 

Soon enough the gaggle was airborne and winding its way towards Shoebills Runway and rehabilitation centre. Along the track however was some of the most undeniably beautiful scenery anywhere. The swamps of Bangweulu along the Chambeshi River are a sight to behold, they stretch for miles and miles, are emerald green and populated by families who live on anthills. The route traversed both northern and southern Luangwa National Parks, quite stunning.

We passed many bridges along the way, some carrying scars of conflict and others fairly new builds. Just prior to the swamps were multiple pivot sections for irrigation schemes mostly setup by our mate Peter, who was flying in the formation.

Shoebills is an interesting place; it is hugely sensitive for noise and hence there a few rules the pilot must adhere to in order not to hurt their ears. I lost the runway in the dry bushveld and was loathe to overfly in find it again so simply hammer-headed the final approach until I’d picked it up again. Soon enough everyone was present, and we were parked up at the far section, out of hear-shot of the birds.

A beautiful mokoro trip through the reeds and rushes to find a sample of the elusive bird proved fruitless so we headed back to the sanctuary and met up with the curator, a young eccentric American who preferred to whisper than talk which made obtaining the information a little tougher, especially for Nico who wore aids.

Tour of the birds done it was time for goodbyes and my Wife and I set off for Mfuwe to accomplish immigration and refueling tasks. I was a little bemused about the whispering and utmost silence as I burnt the large six cylinder passed the bird enclosures, but I was very happy to have seen one. They are almost prehistoric in appearance and rumored to be excellent fisherman.

Mfuwe it must be said, is a great turnaround for heading back to Zimbabwe, especially if one is loafing around that side of Zambia. However, a word of caution, the AVGAS is $3.63 per litre, making it the most expensive in the World.

Alighting back at Charles Prince, one could only reflect on the most surreal few nights away in a most special place. I had never thought Zambia held such beauty. Our hosts, Newton and Lindsay were remarkable in their logistics effort but even more so in the alacrity to show us their back yard. We met new and super people, shared plenty of laughs and simply enjoyed!

I’m so glad they did, next year is a definite if it comes up again. I agree to do all the radio once more.

Are you interested in a Flying Safari in Africa?

We strongly recommend our local partner Africa Focus Tours. Contact them at www.africafocustours.co.za

Richard H. Browne

Comandante-Instrutor de B747-8F com mais de 14.000 horas de voo, o Cmte Browne voou todos os tipos do Jumbo B747;  B747-100/200/300/400/-8 e o SP. Ah, eu mencionei que ele também voou os grandes DC8’s?

B747-8F Captain-Instructor with over 14,000 of total flight time, Captain Browne has flown every tyoe of the Boeing 747 Jumbo Jet, B747-100/200/300/400/-8 and the SP. Oh, did I mention he also flew the mighty DC8’s?

Zambian Waters Fly Away – Parte 1 / Zambian Waters Fly Away – Part 1

Zambian Waters Fly Away – Parte 1 / Zambian Waters Fly Away – Part 1

No mais recente Rally Aéreo do Zimbábue, foi discutido entre algumas pessoas que um tipo semelhante de evento seria bom para tentar na vizinha Zâmbia. Na verdade, isso já era tópico de discussão há alguns anos, mas nada realmente havia se materializado.

Poucos  Zambianos viajam regularmente para o Zimbábue para o evento cada ano e eles estão no lugar perfeito na Zâmbia para organizar um fly-away. Foi assim que Newton e Lindsay em Mkushe organizaram o fly-away mais irreal de seu país e o chamaram de Águas da Zâmbia ou Zambian Waters, com o objetivo de descobrir dos céus todas as atrações aquáticas que pudéssemos encontrar.

Mal sabia eu que a Zâmbia tem alguns dos maiores sistemas de pântanos da África. A região de Bangweulu, que é declarada como uma das zonas úmidas mais importantes do mundo onde 400 espécies de pássaros vivem nela e 60.000 pessoas estão principalmente em morros de formigueiros para se manterem acima da linha d’água. É alimentado por 17 rios de uma bacia de 190.000 quilômetros quadrados, mas drenado apenas por um rio, o Luapula. Recebe 1.200 mm de chuva por ano, mas 90% dela evapora, deixando uma linha de maré de 45 km. Isso dita a vida no pântano. No entanto, este não é o maior da Zâmbia, o Lukanga é.

Três aeronaves partiram de Harare via Lusaka para a fazenda de Newton e Lindsay chamada Kawa em Mkushe. Foi minha primeira visita lá, então, no meio de uma névoa densa, uma formação solta foi sobrevoada no Sportsman do meu amigo Pete. Ele nos colocou bem acima do campo, perfeitamente.

A configuração da fazenda é típica de “viver o sonho”. Pousamos em um pedaço de grama muito largo e longo e bem cuidado para taxiar e parar bem em frente à casa deles. Em seguida, entramos na casa de revistas, passamos pela área de entretenimento, descemos pelo gramado e entramos na represa, onde me vesti e fui esquiar aquático, cortesia de Lindsay. Feito isso, é hora de voltar para o gramado para uma cerveja e um steak, o nosso bife!

Um jantar suntuoso foi preparado em volta da grande mesa de jantar onde todos os mapas estavam esticados e as rotas da manhã seguinte foram traçadas. Seria muito voo; o primeiro dia teve duas etapas de duas horas cada. Fomos acompanhados pelo contingente zambiano, totalizando 6 aeronaves e 17 pessoas.

A manhã seguinte estava fresca, ainda nos meses mais frios de inverno, estava lindamente nítida. O nascer do sol foi espetacular quando ligamos os motores e taxiamos até o limite da pista para uma largada escalonada. Uma vez no ar, o ar estava perfeito para o voo e o Apple conseguiu capturar algumas fotos fantásticas da África no seu melhor. No entanto, isso seria limitado nos próximos dias por pessoas tolas ateando fogo em massa no mato em uma exibição insana de poder presumido.

Saindo de Kawa, tivemos que contornar o “pedículo”, que é o pedaço do Congo que se projeta para a Zâmbia. Isso nos levou a alguns rios e cachoeiras adoráveis ​​com uma parada no Aeroporto de Mansa. Muitos de nós achamos que este seria um lugar de dois bits, mas acabou sendo uma longa pista de alcatrão com serviço de torre e voos diários programados. Uma rápida volta aqui e fomos para o campo de pouso de Chisala, próximo a uma cidade chamada Ndole. Houve uma transferência organizada para o Lago Tanganica e depois de barco para o Ndole Bay Resort para passar a noite.

Newton havia providenciado que seu caminhão e tambores de Avgas fossem levados para todos os campos de pouso distantes. A disponibilidade de combustível é escassa e essa logística importante exigiu um planejamento de tempo cuidadoso. Demorou um pouco para abastecer cada aeronave com seus requisitos, mas os ajudantes fizeram isso com presteza, e logo estávamos com cervejas e brincando no alojamento.

Eu já tinha visitado este lago há muitos anos, mas do lado do Congo, este certamente era muito melhor. O resort é um verdadeiro oásis e tem um estilo de bangalô de praia muito semelhante aos da Tailândia, mas sem a umidade e a pressão das pessoas. Naquela noite, um cruzeiro de dhow estava na agenda, juntamente com drinques ao pôr do sol e um ótimo pôr do sol africano. O jantar foi excelente, assim como o café da manhã no dia seguinte.

Um banho ao ar livre e uma boa noite de sono se juntaram na manhã seguinte para os próximos setores em direção a Shiwangandu e Africa House, mas isso, meus amigos, é para a semana que vem….

Você está interessado em um Flying Safari na África?

Recomendamos fortemente nosso parceiro local Africa Focus Tours. Entre em contato com eles em www.africafocustours.co.za

Zambian Waters Fly Away – Part 1

At the most recent Zimbabwe Air Rally it was mooted between a few folks that a similar type of event would be good to try in neighboring Zambia. In fact, this had been topic of discussion for a few years prior, but nothing had really materialized.

There are a regular few Zambians who travel across to Zimbabwe for the event each year and they’re in the perfect place in Zambia to stage a fly-away. So it was that Newton and Lindsay in Mkushe would arrange the most unreal fly away of their country and call it the Zambian Waters, the aim being to discover from the air all the watery attractions we could find.

Little did I know that Zambia has some of the largest swamp systems in Africa. The Bangweulu region which is stated as one of the World’s most important wetlands, 400 bird species live in it and 60000 people mostly on anthills to keep above the waterline. It’s fed by 17 rivers from a catchment of 190000 square kilometres yet drained only by one river, the Luapula. It receives 1200mm of rain a year yet 90% of it evaporates leaving a tide line of 45km. This dictates life in the swamp. However, this is not the largest in Zambia, the Lukanga is.

Three aircraft left from Harare via Lusaka to Newton and Lindsay’s farm named Kawa in Mkushe. It was my first visit there so, in the midst of some serious haze, a loose formation was flown on my mate Pete’s Sportsman. He got us right overhead perfectly.

The farm setup is typical of “living the dream”. We landed on a very wide and long manicured bit of turf to taxi and stop right outside their home. One then walks into the magazine house, through the entertainment area down the lawn and onto their dam where I suited up and went for a waterski courtesy of Lindsay. Done with that, it’s back up the lawn for a beer and a steak!

A sumptuous dinner had been put together around the large dining table where all the maps were stretched out and the next mornings tracks were plotted. It was to be a lot of flying, the first day was two legs of two hours each. We were joined by the Zambian contingent, totaling six aircraft and 17 people.

The next morning was fresh, still in the colder winter months, it was beautifully crisp. The sunrise was spectacular as we started engines and taxied down the threshold of the runway for a staggered start. Once airborne the air was perfect for flight and Apple was able to capture some fantastic pictures of Africa at her best. The was to be limited however across the next days by silly people setting mass fires to the bushveld in an inane display of assumed power.

Tracking away from Kawa we had to route around the “pedicle” which is the bit of Congo that juts into Zambia. This took us over some lovely rivers and waterfalls with a stop at Mansa Airport. A lot of us thought this would be a two-bit place but it turned out as a long tar runway with tower service and daily schedule flights. A quick turnaround here and we were off to Chisala airfield next to a town called Ndole. There was a transfer organized to Lake Tanganyika and then via boat to Ndole Bay Resort for the night. 

Newton had arranged for his truck and avgas drums to be driven to all the out lying airfields. The availability of fuel is scarce and this important logistic required some careful time planning indeed. It took a while to pump each aircraft with its requirements, but the helpers got to it with alacrity, and we were soon with beers and banter at the lodge.

I had visited this lake previously many years ago but on the Congo side, this was certainly a lot better. The resort a true oasis and very similar beach bungalow styling to Thailand but without the humidity and people pressure. That evening a dhow cruise was on the agenda along with sundowners and a great African sunset. Dinner was superb, as was breakfast the next day.

An outside shower and a good sleep folded into the next early morning for the next sectors towards Shiwangandu and Africa House, but that my friends, is for next week….

Are you interested in a Flying Safari in Africa?

We strongly recommend our local partner Africa Focus Tours. Contact them at www.africafocustours.co.za

Richard H. Browne

Comandante-Instrutor de B747-8F com mais de 14.000 horas de voo, o Cmte Browne voou todos os tipos do Jumbo B747;  B747-100/200/300/400/-8 e o SP. Ah, eu mencionei que ele também voou os grandes DC8’s?

B747-8F Captain-Instructor with over 14,000 of total flight time, Captain Browne has flown every tyoe of the Boeing 747 Jumbo Jet, B747-100/200/300/400/-8 and the SP. Oh, did I mention he also flew the mighty DC8’s?

Duas semanas na vida de um piloto / Two weeks in the life of a pilot

Duas semanas na vida de um piloto / Two weeks in the life of a pilot

Venha comigo por duas semanas na vida de um piloto.

É chegada a hora mais uma vez, dia de voltar ao trabalho. A jornada começa no Aeroporto de Guarulhos na noite quente de sexta-feira dia 25 de março 2022 onde embarco como passageiro no voo 844 da United com destino a minha base operacional, aeroporto de Chicago O’Hare. Decolagem no horário às 22:00 e chegamos com neve leve e temperatura de 1℃. Hora de ir para o hotel e descansar para a próxima etapa que me levará ao aeroporto de Narita nos arredores de Tóquio na madrugada do domingo.

Despertador acionado à 1 da manhã em Chicago; é hora de acordar tomar um banho rápido colocar o uniforme e abrir o Ipad. Aqui começo um estudo sobre o voo a ser feito; Rota, condição meteorológica e da aeronave, pesos, abastecimento, possíveis restrições operacionais e etc… A intenção é estar no Lobby às 2:00, 15 minutos antes do horário de saída para o aeroporto. Transcorridas 13:21 horas e 5620 milhas náuticas pousamos, sem intercorrências, as 06:55am hora local da segunda-feira na pista 34L. É sempre bom voltar ao Japão. Agora é descansar em Narita para o próximo voo que será para Anchorage, Alaska no dia seguinte com apresentação às 15:30, ou seja, meio da madrugada no meu relógio biológico.

Despertador programado para às 12:30, acordo um pouco antes preocupado achando que perdi a hora. Ufa, são meio-dia ainda. Acordo e coordeno com Leo, do restaurante Teco-Teco entrega de uma picanha à cavalo para as duas da tarde. Entre almoçar, ou seria jantar? Sei lá…Enfim, entre comer e abrir o Ipad para todo aquele processo novamente. É importante estar preparado antes do voo. Decolamos no horário as 17:30 e pousamos após 6:20 horas de um voo tranquilo às 6:55 da mesma terça-feira. Sim, voltamos no tempo. Agora é descansar para o próximo voo, que será somente na sexta-feira, dia primeiro de abril.

Dia da Mentira; Depois de dois dias inteiros em Anchorage acordando as 4 da manhã hoje consigo acordar um pouco mais tarde às 6:00. Desço para o bom café da manhã do bom Captain Cook Hotel, tradicional hotel da cidade. Lá acontece um breve bate papo com os colegas que estão saindo para Amsterdam e retorno ao quarto. Plano de voo chega cedo, ás 9:40 horário local. Aqui você já sabe o trâmite de preparação para o voo. Tudo feito, só aguardar o horário para encontrar no lobby o colega Canadense de Quebec para realizar este voo para Chicago, com previsão de 5:22 em rota. Clima é bom e previsão em Chicago é de céu claro, neve chegará mais tarde somente, na tarde do dia 2. Ao chegar no avião descobrimos que teremos um atraso de 2 horas devido a uma investigação da manutenção sobre uma possível violação da velocidade máxima da aeronave durante a descida. No final, o atraso foi de somente uma hora. Pousamos em segurança em Chicago às 23:00 do dia primeiro. Próximo passo seguir para Nova Iorque na noite seguinte e depois permanecer a bordo de “carona” para Anchorage uma vez mais. No hotel é hora de pensar como ajustar o horário para dormir amanhã durante a tarde, a apresentação será à meia noite do dia 3, noite do dia 2.

Sábado dia 2 de abril, almoço no Fogo de Chão próximo ao aeroporto ajuda dormir a tarde. Acordo antes que gostaria, às 20:00 local. Descubro que a etapa que irei de carona do JFK para o Alaska está com atraso; serão 5 horas de solo após o pouso. Tenho direito a pedir hotel, mas pensando bem acho que dará mais trabalho, decido esperar na aeronave mesmo, quem sabe consigo tirar alguma boa foto já que o “plane-spotting” é um dos meus passa tempo prediletos.

Dia 5 horário de apresentação às 11:30 de Anchorage. Os dois dias de folga viraram dias de confraternização. O colega, Cmte Nick Lee está fazendo seus últimos voos antes da aposentadoria compulsória. Ótima oportunidade para rever amigos e colocar o papo em dia além de claro também parabenizar Nick pela bela carreira que começou na Royal Air Force do Reino Unido a mais de 40 anos. Nevou bem pela manhã, porém ao chegarmos na aeronave o tempo já estava limpando. Após 5:30 de voo chegamos em segurança novamente ao O’Hare em Chicago às 22:00 horário local. Agora novamente é esperar o próximo voo que será na madrugada seguinte, apresentação as 3:30 da manhã do dia 7 de Abril.

Pontualmente às 2:15 do horário de Chicago toca o despertador. Meio confuso é hora de desligá-lo já pulando da cama para não dar chance ao azar. A rotina é a aquela mesma, banho, uniforme, Ipad…Tudo certo; aeronave boa, boa meteorologia, como sempre desde o início da pandemia o avião está lotado de carga. Pousamos em Anchorage às 7:50 hora local, 40 minutos adiantados. Próximo voo será na madrugada do dia 9, com apresentação à uma hora manhã do horário de Anchorage.

Dia 8 de abril sexta-feira, em Anchorage saímos para almoçar com um grupo bacana de amigos, 4 sul africanos, 1 do Zimbabwe e eu; Cheeseburger do Alaska, que não é muito diferente de qualquer outro cheeseburger e de volta ao hotel às 14:00. Missão agora é dormir para a estar descansado a noite. Deito-me por volta das 15:30 e para minha surpresa simplesmente desmaio. Acordo as 23:30, horário perfeito para seguir aquela mesma velha rotina.

Ao fazer o checkout do hotel me sinto novo em folha. 5:55 de voo nos separam de Chicago, minha última escala destas duas semanas. Voo transcorre normalmente e pousamos às 11:30 local no grande aeroporto de Chicago O’Hare. Combinamos rapidamente um pit stop e às 12:30 vamos ao Moretti’s, um bar/restaurante aqui ao lado que gostamos muito. Vamos eu, Ed Flemming do Zimbabwe e Brian do Canadá. Ao chegar lá ainda encontramos almoçando outro Brian e Steve, ambos irlandeses, que irão decolar no período da tarde. Bem eu estou liberado, peço meu “Chicken Parmegiana” e vinho tinto, agora é só alegria. Regresso ao hotel, faço pelo celular meu check-in para o voo United 845 que me levará à Guarulhos. É hora de voltar à família, esposa e filha que estão morando em Birigui. Neste meio tempo recebo uma notícia extremamente triste; faleceu em Birigui o Grande COMANDANTE Edson Iglesias. Edson certamente deixa um legado de amizade, profissionalismo e dedicação a aviação, além de tudo foi uma grande pessoa quem certamente deixará saudades infinitas.

Duas semanas passaram muito rapidamente; foram 7 voos tripulando, mais 1 de carona além dos outros dois como passageiro da United Airlines. Pouco mais de 46 horas de voo anotadas na caderneta individual de voo, popular CIV, além de 7 como caroneiro e mais 20 como passageiro pagante. Neste período percorri pouco mais de 57 mil quilômetros passando por três continentes carregando centenas de toneladas de carga. Agradeço ao bom Deus pelas oportunidades de conhecer o mundo, conviver com pessoas do mais variado “background” de toda parte do mundo além de estar voando o grande e icônico jumbo. Eu jamais poderia ter sonhado tão alto quando decidi ainda muito jovem seguir a carreira de aviador. Muito obrigado.

Dedico estas duas semanas de trabalho ao grande Comandante Edson, quem tive a felicidade de conhecer e desfrutar de boas conversas, além de aprender com sua vasta experiência. “Old pilots never die, They just fly Away”.

Two weeks in the life of a pilot

Come with me for two weeks in the life of a pilot.

It’s time once again, the day to get back to work. The journey begins at Guarulhos Airport on the warm evening of Friday, March 25, 2022, where I board United flight 844 as a passenger bound for my operational base, Chicago O’Hare Airport. Takeoff on time at 10:00 p.m. and we arrive with light snow and a temperature of 1℃. Time to go to the hotel and rest for the next stage that will take me to Narita Airport on the outskirts of Tokyo in the early hours of Sunday.

The alarm clock goes off at 1 a.m. in Chicago; it’s time to wake up, take a quick shower, put on my uniform and open my iPad. Here I begin to study the flight to be taken; route, weather and aircraft conditions, weights, fueling, possible operational restrictions, etc. The intention is to be in the Lobby at 2:00 a.m., 15 minutes before departure time for the airport. After 13:21 hours and 5,620 nautical miles, we landed without incident at 06:55 am local time on Monday on runway 34L. It’s always good to return to Japan. Now it’s time to rest in Narita for the next flight, which will be to Anchorage, Alaska the next day, with a 3:30 pm landing, that is, the middle of the night according to my biological clock.

With my alarm set for 12:30 pm, I wake up a little early, worried that I’ve overslept. Good, it’s only noon time. I wake up and coordinate with Leo, from the Teco-Teco restaurant, to deliver a “bife à cavalo” at 14:00. Would it be lunch or dinner? I don’t know… Anyway, between eating and opening the iPad for the whole process again. It’s important to be prepared before the flight. We take off on time at 17:30 and land after 6h20m of a smooth flight at 6:55 on the same Tuesday. Yes, we’ve gone back in time. Now it’s time to rest for the next flight, which will only be on Friday, April 1st.

April Fools’ Day: After two full days in Anchorage waking up at 4 am, today I manage to wake up a little later at 6 am. I go down to the good breakfast at the good Captain Cook Hotel, a traditional hotel in the city. There I have a quick chat with my colleagues who are leaving for Amsterdam and then I return to my room. The flight plan arrives early, at 9:40 local time. Here you already know the procedure for preparing for the flight. Everything done, just wait for the time to meet the Canadian colleague from Quebec in the lobby to take this flight to Chicago, with an expected 5h22m of flight time. The weather is good and the forecast in Chicago is for clear skies, snow will arrive later only in the afternoon of the 2nd. When we get to the plane, we find out that we will be delayed by 2 hours due to a maintenance investigation into a possible exceedance of the aircraft’s maximum speed during descent. In the end, the delay was only one hour. We landed safely in Chicago at 23:00. The next step is to head to New York the following night and then hitchhike to Anchorage once again. At the hotel, it’s time to think about how to adjust my sleep schedule tomorrow afternoon. The show up time will be at midnight on the 3rd, the evening of the 2nd.

Saturday April 2nd, I have lunch at Fogo de Chão near the airport which helps me sleep in the afternoon. I wake up earlier than I’d like, at 20:00 local time. I discover that the second leg from JFK to Alaska is delayed; it will be a 5-hour ground time after landing. I have the right to ask for a hotel, but on second thought I think it will be more of a hassle than anything else. I decide to stay on the plane. Who knows, maybe I’ll be able to take some good photos, since plane-spotting is one of my favorite hobbies.

April 5th show up time at 11:30 Anchorage time. The two days off have become days of socializing. My colleague, Captain Nick Lee, is taking his last flights before his mandatory retirement. It was a great opportunity to see friends and catch up, and of course to congratulate Nick on his wonderful career, which began in the RAF- Royal Air Force of the United Kingdom over 40 years ago. It snowed heavily in the morning, but when we got to the aircraft, the weather had already cleared. After a 5h30m flight, we arrived safely back at O’Hare in Chicago at 22:00 local time. Now we have to wait again for the next flight, which will be the following morning, with a report time at 3:30 on April 7th.

At 2:15 Chicago time, the alarm clock rings. Somewhat confused, it’s time to turn it off and jump out of bed to avoid any chances to be cheated by your own body. The routine is the same: shower, uniform, iPad… Everything is fine; good aircraft, good weather, as usual since the beginning of the pandemic, the plane is full of cargo. We land in Anchorage at 7:50 local time, 40 minutes ahead of schedule. The next flight will be in the early hours of the 9th, with a 1:00 report time Anchorage.

Friday, April 8th, in Anchorage we went out to lunch with a great group of friends, 4 South Africans, 1 from Zimbabwe and myself; I had an Alaskan cheeseburger, which is not much different from any other cheeseburger, and got back to the hotel at 14:00. Our mission now is to sleep in order to be rested at night. I go to bed around 15:30 and to my surprise I simply pass out. I wake up at 23:30, the perfect time to follow the same old routine. When I check out of the hotel I feel brand new. A 5h55m flight separates us from Chicago, my last sector in these two weeks. The flight goes smoothly and normally and we land at 11:30 local time at the large Chicago O’Hare airport. We quickly arrange a pit stop and at 12:30 we go to Moretti’s, a bar/restaurant nearby that we really like. We go, Ed Flemming from Zimbabwe and Brian from Canada. When we get there we also find another Brian and Steve, both Irish, having lunch, who will take off in the afternoon. Well, I’m free of any duties for the next two weeks so I order my “Chicken Parmigiana” and my red wine, now it’s just joy. I return to the hotel, I check in for my United flight 845 that will take me to Guarulhos on my cell phone. It’s time to return to my family, wife and daughter who are staying in Birigui-SP, Brazil. In the meantime, I have received some extremely sad news: the great CAPTAIN Edson Iglesias has passed away in Birigui. Edson certainly leaves a legacy of friendship, professionalism and dedication to aviation. Above all, he was a great person who will certainly be greatly missed.

Two weeks have passed very quickly; I flew 7 sectors as a crew member, plus 1 as a deadhead crew, and other 2 as a United Airlines passenger. A little over 46 hours of flight recorded in my individual flight logbook, in addition to 7 as a passenger and another 20 as a revenue passenger. During this period, I flew a little over 57,000 kilometers across 3 continents, carrying hundreds of tons of cargo. I thank God for the opportunities to see the world, interact with people from the most varied backgrounds from all over the globe, and to fly the great and iconic Jumbo Jet. I could never have dreamed so big when I decided to pursue a career as an airline pilot at a very young age.

Thank you very much. I dedicate these two weeks of work to the great Captain Edson, whom I had the pleasure of meeting and enjoying good conversations with, as well as learning from his vast experience. “Old pilots never die, they just fly Away”.

Bruno Proence dos Santos Alves.

Comandante com 10,000 horas de voo Bruno possui uma ampla experiência em uma variedade de setores dentro da aviação profissional. Possui carteira de Piloto de Linha Aérea no Brasil, Estados Unidos, Taiwan e Japão. Voou Cessna Caravan em Taxi Aéreo, Airbus A319/320/321 na aviação de linha aérea de médio curso incluindo voos por toda América do Sul, Citation X na aviação executiva em voos internacionais, ATR72 em voos regionais de linha aérea, Citation CJ2+ em voos executivos pela América do Sul atuando inclusive como instrutor de rota, Boeing 747-400 nas versões passageiros e cargueira em voos de longo curso e finalmente Boeing 747-8F em voos cargueiros de longo curso, onde trabalha atualmente em uma empresa Japonesa. Bruno também é Bacharel em Ciências Aeronáuticas com ênfase em Administração de Empresas de Aviação pela renomada Embry-Riddle Aeronautical University em Daytona Beach, Flórida. Apaixonado pela aviação Bruno é fotógrafo amador, spotter de aeronaves, dono da página @B748driver onde publica suas fotos. Sempre em contato com a aviação geral Bruno também continua voando aeronaves à pistão. Nos Estados Unidos possui uma empresa de consultoria aeronáutica.

Abrir bate-papo
Olá, tudo bem? 👋
Como podemos ajudá-lo?